Quando gosto, fico obcecada.
Entres, o amor em mim é monolito de extensão infinita.
Quando choro, deságuo.
Não entres, o solo aqui ora brota arbusto ardente _não se consome_ ora é subsolo doentio, maligno e repulsivo.
Quando desejo, há lascívia. Quando perdôo, há expiação total à maneira de um sacerdote.
Quando deixo de amar. Apago passadopresenteefuturo.
Essas palavras não são puras, minha casa é cinza, algo entre Hillé e Dom Quixote.
Quando ouço, finco olhos, cérebro e coração no tema.
Não julgo pura e simplesmente porque temo ser julgada. Escrevo versos livres enquanto aspiro dois quartetos e dois tercetos.
Sou de José Dias, banho quentíssimo, bebida geladíssima. Sou de mil rosas roubadas, de orelha cortada, sou daquele ‘canto torto feito faca que corta a carne de vocês'. Sou fuga para Társis e ordem número 227 a se alternar no mesmo ser e, às vezes, tudo ao mesmo tempo.
Ah, o tempo. O tempo em mim é: “quando”, e o sentimento é: “todo do mundo”.
Sou colcha de retalhos.
Opa, lembrei de uma canção:“Ensaiei meu samba o ano inteiro, comprei surdo e tamborim…”
Sou assim, um punhado de todos num bocado de mim.
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