Nos dias mais desafiadores enxergo em branco e preto. Digo assim de forma pouco usual: “branco e preto”, como se formasse um verso e precisasse rimar com “soneto”.
Na maior parte dos dias, enxergo em cinza, muitas nuances de cinza, tons gris e subtons de chumbo.
Mas, lá no fundo, limpo de toda névoa, abaixo de toda quinquilharia, lá no solo estável deste ser, o mundo brota colorido.
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